Campeã nacional deixou a cidade na adolecência.
Secretário reconhece o distanciamento no trabalho com as periferias.
Secretário reconhece o distanciamento no trabalho com as periferias.
O esporte nas periferias também é um problema polêmico
na cidade. Recentemente, Salto revelou uma grande atleta para o vôlei nacional.
Sara Dias, de 18 anos, recentemente, foi campeã com a Seleção Brasileira no sul-americano de Vôlei feminino juvenil, em Lima no Peru. A atleta é cotada
como uma das revelações da base brasileira para as próximas olímpiadas, no Rio
de Janeiro.
Sua mãe, Aparecida Dias, de 54 anos, diz que foi complicado
no início da carreira da atleta. Moradora do bairro Santa Cruz, uma das regiões
mais populosa da cidade, Aparecida conta que a prefeitura pouco apoiou no
transporte para o centro da cidade: “Foi complicado. No início, quando Sara
tinha 13 anos, a prefeitura fez uma peneira nas escolas, que recrutou muita
gente para levar ao ginásio, no centro. Só que com o passar do tempo, somente a
Sara continuou a frequentar os treinamentos. Com isso a prefeitura parou de dar
o apoio do vale transporte.”
“Realmente a secretaria peca um pouco na hora de levar
o esporte à periferia. Hoje os grandes polos esportivos da cidade estão no
centro, dificultando o acesso dos jovens para realizar as atividades físicas”,
reconhece Ronaldo Isep
Aparecida Dias afirma que a continuidade de Sara no vôlei
dependeu de uma iniciativa privada: “A Sara treinava na escolinha do Edmur José
e no ginásio municipal. Com a recessão da prefeitura em disponibilizar o
transporte público gratuitamente, o Edmur se comprometeu a deixá-la treinando
na escolinha gratuitamente. O que ele queria era não vê-la fora do vôlei”, diz
a mãe, que completa: “Se eu não tivesse condição nenhuma de apoiá-la, ela
estaria parada. A cidade tem muita gente boa, só que não valoriza prata da
casa.”
Atual presidente da Associação dos Moradores do Bairro
Santa Cruz, Ivo Batista diz que o investimento nos esportistas do bairro é
muito pequeno. “Segundo comentado, a verba da secretaria de Esportes é muito
pequena e até agora não veio nada para nós. No Santa Cruz temos quatro times de
futebol no amador, seis no varzeano e os incentivos para essas equipes que
revelam jogadores são muito pouco. Eu acho que a prefeitura devia empenhar mais
e valorizar o Santa cruz que é um lugar muito forte no esporte”, comenta Ivo,
que também é presidente do atual campeão do campeonato Amador de Futebol, Esporte
Clube Santa Cruz.
Pai de Sara, seu pai Sebastião da Silva, 60 anos, não
perde um jogo da filha, seja pela TV ou pela Internet. Seu Tião, como é
conhecido, diz com orgulho que sua filha terá um grande futuro na seleção.
“Pelo fato dela ser canhota, muitos a comparam com a Leila. Tenho certeza que
ela será umas das atletas que farão parte da seleção para disputar a Olimpíada
do Rio de Janeiro”, aguarda, senhor Tião. Além do ouro com a seleção, Sara
conquistou prata no pan-americano sub 23 em setembro e o vice-campeonato no
Brasileiro de Seleções, pela Seleção Paulista. Isso, sem contar os inúmeros
títulos pelo ADC Bradesco, clube na qual defende desde 2008.
Continue lendo a matéria no próximo post: A situação preocupante do esporte em Salto - Parte 5: Futebol Amador
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