Campeonato Amador de futebol é o mais popular da cidade.
Criticos afirmam falta de investimento na modalidade.
Criticos afirmam falta de investimento na modalidade.
Atualmente, o futebol amador de Salto é a competição
mais popular da cidade. Abrangendo grande número de expectadores nos finais de
semana, o campeonato completou 56 anos de existência. Porém, sofre grande crise
em relação ao problema financeiro das equipes. “É difícil se manter no
campeonato amador pelo aspecto financeiro. O teto salarial dos jogadores é
muito alto. Mesmo sendo uma competição amadora, você precisa pagar certos
jogadores para manter uma equipe competitiva, caso contrário, não adianta
colocar o time na competição. Isso sem contar o “terceiro tempo”, o cachê dos
árbitros, os materiais esportivos e os transportes dos jogadores das outras
cidades. Isso é muito complicado”, revela Chicão Carteiro, presidente do
Esperança Futebol Clube.
O Campeonato Amador, realizado pela Liga Desportiva
Saltense, conta neste ano com oito equipes. Porém, houve épocas segundo
esportistas da cidade que a competição chegava a 20 ou 30 times. A queda se
deve ao alto orçamento necessário para se sustentar no competição. Segundo José
Maria de Souza, fundador da Liga Desportiva isso se deve à falta de apoio da
secretaria de esportes: “O recurso da secretaria é praticamente nenhum. O que
ela ajuda a pagar é 50% da arbitragem e ceder os campos municipais, nada além
disso”.
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Ronaldo Isep rebate as reclamações: “A secretaria de Esportes
apoia todos os eventos esportivos. Alguns ela realiza e outros ela apoia. Temos
os campeonatos Amador, Varzenano, Cinquentão que são organizados por uma
associação ou pela liga. A secretaria de Esportes apoia pagando uma parte da
arbitragem, ou com os troféus”, diz o secretário. Ronaldo afirma que não basta
depender apenas do poder público que tem outras tantas modalidades para
promover: “A atitude de fazer o campeonato vem das ligas. Elas passam pela
secretaria para reservar os campos e ver se a gente tem condições de apoiar em
alguma coisa. Ela tem que ter a secretaria de Esportes como um auxílio porque a
secretaria de esportes não é a secretaria de futebol amador. Ela tem que ter um
espaço para todos.”
“O
esporte deve ser encarado como atividade que complementa outras áreas”
O jornalista Valdir Líbero relembra grandes momentos de
Salto no esporte: “Na década de 1950,
Salto chegou a ter simultaneamente três clubes disputando as divisões de acesso
da Federação Paulista de Futebol: Saltense, Guarani e Avenida. Hoje não temos
nenhum. Sem contar que a cidade já foi referência no basquete feminino na
década de 1980, quando foi Campeã do Troféu Imprensa, com a equipe Emas-Mandi,
que tinha no seu elenco jogadoras de Seleção Brasileira. Com isso, o público
local teve o privilégio de ver jogar, em Salto, por outras equipes, atletas do
mais alto nível, como Hortência e Magic Paula, por exemplo.”
Para voltar a dar orgulho à cidade, o
esporte, segundo o jornalista, deve fazer parte efetivamente da vida
administrativa da prefeitura de Salto. “Em primeiro lugar é preciso colocar o
esporte como uma das prioridades da administração pública, o que nunca
aconteceu nesta atual. O resto vem por consequência.”
Perguntado de por que investir no
esporte, Valdir diz com firmeza: “Porque é uma de suas obrigações. Se não
fosse, não precisaria existir uma secretaria exclusiva. Além do mais, o esporte
deve ser encarado como uma atividade que beneficia, ou complementa, várias
outras áreas, como saúde, educação, social, segurança, turismo etc. É só querer
enxergar – e valorizar”.
Nota -
Nossa equipe tentou contatar Juvenil Cirelli, prefeito eleito nestas eleições pelo
PT, para esclarecer algumas informações e declarar seu plano de governo
destinado ao esporte em seu mandato. Mas o atual vice-prefeito informou que irá
aguardar até a indicação do novo secretário no final de novembro para se
pronunciar.
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